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O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) condena veementemente o massacre que provocou mais de 100 mortos e 700 feridos palestinianos pelas forças de ocupação israelitas, quando procuravam aceder a ajuda alimentar na cidade de Gaza.

Este cruel crime foi cometido numa situação em que Israel impõe, desde há cinco meses, um desumano bloqueio à população palestiniana na Faixa de Gaza, impossibilitando o acesso a água, a comida, a medicamentos, a electricidade e a combustíveis, entre outros bens de primeira necessidade.

A dramática carência alimentar imposta à Faixa de Gaza por parte de Israel, provocou segundo a agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que mais de meio milhão de pessoas se encontre na fase 5 de insegurança alimentar, a última, considerada "catástrofe", a que acresce 1 milhão e 100 mil (50% da população) na fase 4, "emergência". Toda a população, 2,3 milhões de pessoas, está em situação de crise alimentar.

É precisamente no momento em que centenas de palestinianos procuravam aceder à pouca ajuda alimentar que chega ao Norte da Faixa de Gaza, que as forças militares israelitas barbaramente os assassinaram.

Este crime é revelador dos objetivos e da brutal acção de Israel que pretende reocupar a Faixa de Gaza, matando a sua população com bombardeamentos, a tiro, de fome ou por doença ou tornando a sua vida tão difícil, ao ponto de a forçar a abandonar a Faixa de Gaza para nunca mais voltar.

É todo um indescritível horror, incluindo a sistemática destruição de hospitais e centros de saúde, de escolas, de bairros residenciais, de abrigos das Nações Unidas, de mesquitas e igrejas, dos ataques contra colunas de refugiados.

A política genocida de Israel provocou já mais de 30 mil mortos e 70 mil feridos palestinos.

Denunciando o apoio e a cumplicidade dos EUA com Israel e os seus crimes – a quem continua a vender armas e a permitir a continuidade do massacre através de sucessivos vetos no Conselho de Segurança das Nações Unidas a resoluções instando a um cessar-fogo –, o CPPC apela a que se ponham fim às atrocidades e aos crimes de Israel.

O CPPC reafirma a exigência de um cessar-fogo imediato e permanente, da entrada urgente de ajuda humanitária em quantidade suficiente para suprir as imensas necessidades da população palestiniana, do fim do bloqueio que Israel impõe à Faixa de Gaza.

Do mesmo modo, o CPPC reafirma a exigência da criação do Estado da Palestina soberano, independente e viável nas fronteiras anteriores a junho de 1967, com capital em Jerusalém Leste, garantindo o direito dos refugiados a regressar, como consagrado em inúmeras resoluções das Nações Unidas.

É tudo isto que estará em causa no dia 6 de março às 18h00 no Rossio, em Lisboa, no ato público "Paz no Médio Oriente, Palestina independente!", que o CPPC promove, juntamente com a CGTP-IN, o MPPM e o Projeto Ruído - Associação Juvenil.

Ninguém deve ficar indiferente!
Pela paz, pelo fim do genocídio e da ocupação, todos não somos de mais!